Mafra é mais conhecida pelo Palácio Nacional de Mafra, um palácio-convento que é o maior edifício português, construído por ordem de D. João V. Chegamos até Mafra de carro, partindo do Quintal do freixo, hotel que estávamos hospedados, e foram apenas 20 quilômetros de distância. Mas também é possível fazer um bate-volta partindo de Lisboa, são aproximadamente 40 quilômetros de distância de carro. É possível também chegar de trem (comboio) partindo da estação Rossio em Lisboa. A viagem dura cerca de 1 hora.
Vamos listar aqui o que fazer em Mafra, para você colocar essa cidade no seu roteiro por Portugal e se estiver de carro, aproveite para conhecer a Aldeia típica de José Franco e ainda dar uma esticadinha até Ericeira, uma pitoresca vila de Portugal.

O que fazer em Mafra, Portugal
Quando chegamos a Mafra, o Palácio Nacional de Mafra logo chamou nossa atenção, e foi por lá que começamos nosso passeio.
Palácio Nacional de Mafra
O palácio é a maior atração da cidade, que em 2019 foi declarado Patrimônio Mundial da UNESCO.

A construção do palácio-convento que foi erguido por ordem de D. João V no século 18 envolve uma lenda. Diz a lenda que o rei, que havia se casado há três anos, ainda não tinha filhos, o que não era comum para a época. Então, ele prometeu aos frades franciscanos que construiria um convento em Mafra se suas preces de ter um herdeiro fossem atendidas.
Quando sua primeira filha D. Maria Pia nasceu, iniciou-se a construção do edifício, em 1717. Inicialmente, era um projeto modesto, mas depois os planos mudaram. Com as riquezas provenientes do Brasil, construiu-se um monumento grandioso, que inclui um palácio e uma basílica. Ele foi inaugurado em 1730. O Convento fica anexado ao palácio.

O Palácio Nacional de Mafra foi a residência de verão da família real. Entre 1806 e 1807, a corte portuguesa se instalou no palácio. Essa época precedeu as invasões francesas. Foi do Palácio Nacional de Mafra que D. João VI e toda sua família partiram para o Brasil, em 27 de novembro de 1807, dias antes da chegada das tropas francesas a Lisboa.
Quando a corte retornou a Portugal, o Palácio Nacional de Mafra voltou a ser um destino da família real, principalmente para caçar na região da Tapada de Mafra.
O palácio também está associado ao fim da monarquia em Portugal. D. Manuel II, que foi o último rei de Portugal, passou a última noite como rei no palácio, antes de partir para seu exílio.

O Palácio Nacional de Mafra participou de momentos importantes da história de Portugal.
Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra
Um grande destaque do palácio é a biblioteca, que ocupa uma das maiores salas do palácio. A sala em forma de cruz, que tem 85 m de comprimento e 9,5 m de largura abriga cerca de 36.000 volumes. Os livros abrangem diversos temas, como Teologia, Direito Canónico e Civil, História, Geografia e Viagens, Matemática, Arte e Música, Medicina, etc.

Durante nossa visita, uma simpática atendente nos explicou que os morcegos são os grandes responsáveis pela conservação dos livros antigos. Os morcegos comem as traças e assim evitam que os livros estraguem.
Visitar o Palácio Nacional de Mafra
É possível visitar as dependências do palácio e encontramos diversas obras de pintura, móveis e ambientes ainda decorados.
O Palácio Nacional de Mafra abre diariamente, exceto às terças-feiras, das 09:30 às 17:30.
A biblioteca abre de segunda a sexta-feira, exceto às terças-feiras, das 09:30 às 13:30 e das 14 às 16 horas.
A Basílica abre diariamente das 9:30 às 13 horas e das 14 às 17:30.
A entrada custa 6 euros por pessoa e inclui a visita ao palácio, ao convento e a biblioteca.
Levamos cerca de 2 horas para fazer toda a visita.

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Onde comer em Mafra
Continuando o que fazer em Mafra, quando saímos do palácio fomos direto almoçar.
Escolhemos o restaurante Sete Sóis que fica praticamente em frente ao palácio. Comida boa, atendimento normal e preço acessível.
Depois do almoço, não poderíamos deixar de provar os doces típicos de Mafra. Atravessamos a praça da República e fomos a Pastelaria Fradinho.
Lá pedimos o famoso doce fradinho, jesuíta de amêndoa, que é uma torta deliciosa de amêndoas e coração de Mafra, um tipo de pão de ló em formato de coração recheado com creme.

O doce fradinho foi criado pelo primeiro proprietário da pastelaria, Francisco Fradinho. O doce é feito de feijão branco e ingredientes usados na confeitaria conventual, como: amêndoas, calda de açúcar e gema de ovos. Vale a pena provar!
Aldeia típica de José Franco
A Aldeia típica de José Franco também é conhecida como Aldeia Saloia e fica a cerca de 5 quilômetros do centro de Mafra.
A aldeia é toda feita em barro, em tamanho natural, esculpida por José Franco. A ideia da obra surgiu por volta de 1945, quando o escultor imaginou construir nas horas vagas, um museu vivo que retratasse sua terra e costumes.

Desse modo, construiu num espaço de cerca de 2.500m², casas que reproduzem como se vivia em Mafra quando ainda era um concelho mais rural. Representa em algumas das casas, ofícios que foram desaparecendo com o tempo.

Foi uma delícia passear por lá. A aldeia ficava no caminho do nosso próximo destino. Saindo da aldeia, seguimos para Ericeira.
Tapada Nacional de Mafra
A Tapada Nacional de Mafra é uma área de preservação ambiental. É um ponto turístico de Mafra, principalmente para quem está com crianças, mas que decidimos não por questão de tempo.
Foi criada após a construção do palácio-convento de Mafra. Alguns animais, como: veados, javalis, raposas, aves e outras espécies, vivem numa área de aproximadamente 800 hectares. Era o local onde a nobreza de Portugal ia para caçar.
Ainda hoje a Tapada Nacional de Mafra é preservada e constitui um patrimônio natural de características únicas.
Agora que já descrevemos o que fazer em Mafra, planeje seu roteiro e conheça as belezas de Mafra, da Aldeia típica de José Franco e de Ericeira.
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