A Polônia é um país que eu queria conhecer, mas não era prioridade na minha lista.
Em maio, um casal de amigos queridíssimo estava fazendo um tour pela Europa, e resolvemos encontra-los em Varsóvia, não me arrependi, pois além dos dias deliciosos com amigos, a cidade me surpreendeu.
Depois que resolvemos ir, logo me interessei pela cidade, pois ela teve um episódio muito importante relacionado a Segunda Guerra Mundial, que foi o Levante de Varsóvia e lógico, visitei alguns lugares relacionados a isso. Mas esse será assunto para um próximo post, neste quero falar sobre a cidade antiga, e outras coisas mais que Varsóvia tem de bom. Apesar de ser praticamente impossível não relacionar muitas coisas com a Segunda Guerra, afinal a cidade foi quase extinta durante ela.
Sua origem se deu na Idade Média, quando era cercada por uma muralha que protegia a cidade. Pedaços dessa muralha podem ser vistos ainda hoje.
O portão que sobreviveu |
Tínhamos pouco tempo para conhecer toda a cidade, então resolvemos contratar um tour, onde nossa guia chamada Agnieszka Mroziewicz nos levou (de van) pela parte onde ficava localizado o Gueto de Varsóvia, para o parque Łazienki Królewskie (que fica afastado do centro) e depois para uma breve caminhada pelo centro histórico da cidade (Stare Miasto). Quem for conhecer a cidade e quiser uma guia exclusiva, entre em contato com ela pelo e-mail a.mroziewicz@wp.pl, ela fez a visita toda em espanhol.
O centro histórico da cidade é patrimônio mundial histórico e cultural, tombado pela UNESCO em 1966 e incluído oficialmente na lista de Patrimônios Históricos em 1980.
Cracóvia era a capital da Polônia até um incêndio que ocorreu no século XVI, depois disso, Sigmundo (o rei) transferiu a capital para Varsóvia, onde permanece até hoje.
E já que falamos nele, é dele a estátua em cima da coluna que tem bem no centro da praça central de Varsóvia. Essa estátua causou muito falatório na época que foi colocada, em 1644, pois não era comum colocar imagens de reis, mas sim de santos e imagens religiosas. Para amenizar o falatório, foi colocada uma enorme cruz na mão de Sigmundo, simbolizando assim, que ele era uma pessoa religiosa.
Muita gente ficou contra, mas ela está lá até hoje. Existe uma lenda que envolve essa estátua, dizem que se a espada dele tocar o chão, uma grande desgraça irá acontecer. E foi isso que aconteceu depois que os alemães bombardearam a cidade durante a Segunda Guerra Mundial, destruindo a coluna. Logo após, veio a destruição, quase total, da cidade.
Ali na praça central também se encontra o Castelo Real, que foi residência oficial dos monarcas poloneses. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Castelo que era a sede do presidente polonês, foi incendiado pelos alemães, e alguns objetos e obras de arte foram salvos pela população local. A reconstrução do castelo após a guerra, foi concluída apenas em 1980.
Bem próximo a praça central, está a praça do mercado. Com construções do século 14, a praça do mercado foi completamente destruída durante a Segunda Guerra. Após a Guerra, levou-se 9 anos para reconstruir as casas ao redor da praça como originais. Os prédios tem como característica serem estreitos e com uma média de 3 janelas, pois na época se pagava imposto pela área de frente e pela quantidade de janelas. Portanto, a frente não é muito grande, mas em compensação, eles são muito profundos.
Foto de como ficou após a Segunda Guerra Mundial |
Depois da reconstrução |
Estavam em reforma quando fomos, que pena |
Nessa praça encontra-se a estátua da Sereia, que é o símbolo da cidade. Essa estátua é uma réplica, a original se encontra no Museu Histórico de Varsóvia. Uma outra cópia pode ser encontrada as margens do rio Vístula.
Ainda no Centro Histórico, um edifício importante é a Igreja de São João. Uma igreja católica do século 14 que é uma das mais antigas de Varsóvia.
Um pouco mais afastado do centro histórico, está o Łazienki Królewskie, Parque dos banhos. É o maior parque de Varsóvia, ocupando 76 hectares.
Dentro do complexo podemos destacar o Palácio na água, ou Pałac Łazienkowski . A construção teve início em 1683 e terminou apenas em 1689. É possível visitar o interior do Palácio.
Entrada para o Palácio |
Uma outra parte do parque que devemos estacar é a estátua em homenagem à Frederic Chopin, o famoso compositor polonês que cresceu em Varsóvia.
A estátua foi colocada no parque em 1926. Durante a Segunda Guerra Mundial, ela foi destruída e o parque fechado. As músicas de Chopin foram proibidas de serem tocadas e ouvidas, pois os alemães preferiam escutar as músicas de Wagner.
Nesse parque e em diversos pontos da cidade, existem bancos que tocam músicas de Chopin!
Cada banco toca uma música diferente, é só apertar o botão |
Não posso deixar de destacar o Palácio da Cultura e Ciência, uma imponente construção que foi realizada entre 1952 e 1955.
Foi feita pela antiga União Soviética, que na época dominava a Polônia, e dedicada ao povo.
Hoje o Palácio abriga muitos escritórios, cinemas, teatros, restaurantes, uma Universidade, sala de congresso e espetáculo e ainda dois museus. Quando estiver passeando pela Polônia, não deixe de provar os pierogis, um prato tradicional polonês, que pode ter diversos recheios.
Além de provar uma deliciosa vodka.
Fomos também a um Irish Pub, chamado Molly Malone’s, que fica bem perto do centro histórico. O ambiente é agradável e com uma deliciosa trilha sonora. Apesar de ser um Pub estilo irlândes, vale conhecer! Clique aqui para acessar o site.
Além de todo o contexto histórico e importância durante a Segunda Guerra Mundial, Varsóvia tem um lado moderno, com prédios altos e novos.
Essa surpreendente cidade me encantou, e apesar de não ser um destino muito procurado por turistas, vale a pena conhecer!!
Amigos queridos!! Já estou com saudade!! |
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